Um Projeto idealizado por quatro jovens sai do mundo das ideias e chega ao mundo real com muita força de vontade, criatividade e esperança. Este projeto se chama “Mentiras e Distorções”, primeiro álbum independente da banda Marte em Chamas que será comercializado. Álbum que procura através de suas letras e harmonias trazer mensagens de todos os tipos para aqueles que se dispuserem a conhecer algo novo.
O álbum abre com a música “Algo que comemos”, que mostra a banda e toda a sua sinceridade, mostrando seus gostos e desejos, e a vontade de poder ser quem é. Uma música que retrata a libertação de uma banda que se dispõe a compor aquilo que acredita, e que acredita naquilo que compõe independentemente do mercado fonográfico viciado e de rótulos hoje existente.
Em seguida, a banda apresenta uma composição mais leve, com vocal mais sereno. Intitulada “Vanilla Sky”, a segunda música do álbum traz a tona o cotidiano, as sensações e as buscas rotineiras que vão de encontro aos sonhos e objetivos que cada um tem em sua vida. A dúvida entre o que é e o que pode ser real, a busca por um caminho que nem sempre é encontrado em uma sociedade que se constrói sobre alicerces que são pouco discutidos e tomados como dogmas para um sistema em clara decadência.
A terceira faixa do álbum, “Gaia”, apresenta o planeta Terra como um ser vivo que sofre com a ação de corpos estranhos e predatórios, e que acaba aquecendo como forma de atacar estes que vem o adoecendo. A música humaniza o planeta e retrata o ser humano e suas ações que deixam de lado o ar que respiram e o solo que pisam, como se não dependessem destes.
“Próxima Estação” chega como a quarta faixa deste álbum, apresentando um discurso que enfatiza o fato de os nossos atos serem detentores das consequências que virão na próxima geração. Traz falas que buscam uma maior união, um mundo sem fronteiras lutando contra as barreiras que atrasam e diminuem a esperança de toda uma nação. Citando também a democracia sequestrada e condicionada a qual todos estão inseridos e que muitos aceitam de modo passivo.
A quinta música, intitulada “Síndrome”, traz um alerta a todos quanto aos seus medos e seus objetivos. Mostrando a situação vivida por aqueles que criam objetivos e não os alcançam por medos advindos de uma sociedade apática e submissa. O momento onde os sonhos de uma situação melhor se cruzam com uma imensidão de sonhos interrompidos por um sistema que aliena e inibe ações diferenciadas.
“Além do Eu”, sexta música do álbum, surge como resposta aos medos apresentados em “Síndrome”. Traz uma mensagem de esperança que vem do exterior para o interior do ser. Tenta apresentar motivos que façam acreditar que os medos devem ser relevados e a luta deve continuar, independentemente de quem seja e do que faça. Mostrando que ao se descobrir você consegue entender que as ações devem visar uma melhoria do todo, e não apenas do Eu.
A faixa sete, “Eu insisto”, chega de maneira forte para insistir em um ideal menos egocêntrico. Busca trazer à tona a relação entre sucesso e dinheiro, e o quão bem sucedido podemos ser dentro de uma sociedade que se mede muitas vezes apenas de maneira monetária. A música tenta incomodar aqueles que nunca pararam pra pensar qual motivo os leva a crer neste ideal de vida.
A oitava música, “Fissão Nuclear”, chega para tocar num outro assunto muito banalizado, o amor. Traz em sua letra uma curta história de amor, e do nascimento deste. O momento no qual nos deparamos com um novo sentimento que faz mudar o mundo o qual se está habituado totalmente, criando um novo mundo. De maneira original, o surgimento deste amor é comparado com uma fissão nuclear, e um simples momento e um toque de mão se transformam em uma bela canção.
Quase fechando o álbum, chega “Vielas Sujas”, outra música que busca falar do amor de uma maneira diferente. Busca apresentar o momento em que uma pessoa tenta ser o melhor possível para a outra. O momento em que a pessoa apaixonada coloca o amado numa espécie de altar, e o acha tão perfeito a ponto de não estar a seus pés.
E por fim, “E-mail Atemporal”, surge como a última faixa deste álbum. A música conta a história do encontro da pessoa consigo mesmo num futuro distante. E do diálogo deles surge uma conversa que emana esperança com um refrão que marca de forma contundente o ideal do álbum, de que podemos ser sempre mais. E a diferença entre o ser e o ter. “Se você quiser ser maior, ser maior que o mar”.
